Maranhão registra 89 mortes por Síndrome Respiratória Grave este ano

O Maranhão já registrou, só este ano, 1.303 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com 89 mortes. O aumento das síndromes gripais tem lotado hospitais e preocupado famílias e autoridades devido à agressividade com que alguns vírus têm atingido idosos e crianças.

Contexto: A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) abrange casos de síndrome gripal mais agressivos que comprometem a respiração e podem levar à internação por causarem febre, dores, dificuldade de respirar e tosses por um período mais prolongado. As causas podem ser vírus respiratórios, bactérias, fungos e outros agentes. Se não tratado ou em pacientes mais frágeis, como idosos, pode levar à morte.

Diante da alta demanda por atendimento médico, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) iniciou o processo de montagem de um Hospital de Campanha para atendimento a casos leves de síndromes gripais no estacionamento do Multicenter Sebrae, no bairro Cohafuma, em São Luís.

O hospital deve iniciar as atividades assim que finalizado e contará com 20 poltronas para medicação e 10 leitos de observação. A previsão é que o atendimento tenha início neste sábado (31).

"Para dar apoio aos municípios da Grande Ilha, estabelecemos um Hospital de Campanha no intuito de ofertar o primeiro atendimento a quem mais precisa, evitando assim o agravamento do quadro clínico e o aumento das internações", disse o secretário de Estado da Saúde, Tiago Fernandes.

Segundo a SES-MA, o espaço atenderá pacientes por demanda espontânea de domingo a domingo, sempre de 7h à meia-noite, em especial aqueles com perfil adultos e idosos, apresentando sintomas leves de síndrome gripal, tais como tosse, febre e mal-estar, mas sem sinais de esforço respiratório.

Ao dar entrada no serviço, o usuário primeiro será submetido à uma triagem com equipe de enfermagem para, em seguida, aguardar atendimento designado na área de espera do Hospital de Campanha. Após a liberação, a pessoa receberá suporte de médico clínico que integra a equipe.

Uma vez dentro do fluxo de atendimento, será observada a necessidade, ou não, de administração de medicação, seguida de reavaliação médica. Se não houver necessidade de conduta médica será feita a alta de forma segura. Caso o paciente apresente dificuldade respiratória, o Hospital de Campanha terá suporte de aspirador portátil e balão de oxigênio.

Contudo, caso haja necessidade de encaminhamento, o Hospital de Campanha contará com uma ambulância com estrutura básica disponível no local para fazer o transporte para as unidades de referência.

Se o suporte for de Urgência e Emergência, o encaminhamento será para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Vinhais; se para internação hospitalar, os Hospitais da Ilha (Turu), Aquiles Lisboa (Bonfim), Infantil Dr. Juvêncio Mattos (Cajazeiras, Centro) e Dr. Carlos Macieira (Renascença) farão o recebimento dos pacientes.

Por imirante